Darão a si mesmos cem novos nomes, 2021 | barra de óleo s/ papel Fabriano rosaspina, 100 x 70 cm
Porta-estandarte, 2021 | barra de óleo s/ papel Fabriano rosaspina, 50 x 35 cm
O dia chega demasiado tarde, 2021 | barra de óleo s/ papel Fabriano rosaspina, 50 x 35 cm
Raio sobre raio, 2021 | barra de óleo s/ papel Fabriano rosaspina, 50 x 35 cm
Ela sobe e desce nas ondas do meu coração, 2021 | barra de óleo s/ papel Fabriano rosaspina, 50 x 35 cm
São as janelas que gritam, 2021 | barra de óleo s/ papel Fabriano rosaspina, 50 x 35 cm
Uma só mãe, uma só morte I, 2021 | barra de óleo s/ papel Fabriano rosaspina, 50 x 35 cm
Três dias a fio, 2021 | barra de óleo s/ papel Fabriano rosaspina, 50 x 35 cm
Fogo de vigia, 2021 | barra de óleo s/ papel Fabriano rosaspina, 50 x 35 cm
Uma rede é um conjunto de vazios unidos por um fio, 2021 | gravura em placa de acrílico impressa em gesso, 80 x 75 cm (cada)
A noite em pedaços brancos e pretos, 2021 | barra de óleo s/ papel Fabriano rosaspina, 50 x 35 cm
Coragem cansada, 2021 | barra de óleo s/ papel Fabriano rosaspina, 50 x 35 cm
Tem-se na mão as palavras luminosas, 2021 | barra de óleo s/ papel Fabriano rosaspina, 50 x 35 cm
Uma só mãe, uma só morte II, 2021 | barra de óleo s/ papel Fabriano rosaspina, 50 x 35 cm
Baloiçar nos ventos, 2021 | barra de óleo s/ papel Fabriano rosaspina, 50 x 35 cm
Ao cair da noite quando eu era pequeno, 2021 | barra de óleo s/ papel Fabriano rosaspina, 50 x 35 cm
Merecer uma coroa para a tua fronte, que está nua, 2021 | barra de óleo s/ papel Fabriano rosaspina, 100 x 70 cm
créditos fotográficos: @photodocumenta
O trabalho que Mónica Mindelis apresenta na série ENTRETANTO, traduz a impossibilidade do acesso a um tempo passado, sem ser através da memória e da percepção da relação comum entre a arte e a nossa própria existência. A espiritualidade do tempo é explorada pela linguagem singular que a artista explora, através da associação de uma malha tecida entre as pinturas e a instalação de uma série de objetos gravados em gesso. É revelada uma intenção para além dos actos e dos símbolos, sintomas do que está para lá do traço impresso, um convite ao encontro com o interior da obra, seduzindo o olhar do espectador a uma aproximação. Entre as pinturas e os objetos há um vislumbre de semelhança, parecem feitos da mesma matéria, da mesma intimidade e do mesmo mistério, criam inquietação pelo material, pela escala, são florações do símbolo do mistério do nosso espírito. A dimensão organicista de ENTRETANTO impressa em superfícies baças, e em composições que se movem em torno do cheio e do vazio são a materialização de uma ideia que convoca conceitos de tradição filosófica e artística – corpo e espírito, imagem e reminiscência, fazedor e demiurgo – transpondo a ideia do fragmento, como categoria que evoca o universal e o ausente, um constante devir. A suspensão do tempo e a inquietude que a obra nos provoca, exploram de forma serena a possibilidade de suspender a existência cronológica e corpórea. Nesta série de trabalhos, a artista junta um formalismo à sua narrativa através de um novo dispositivo que congrega as diversas camadas da sua pintura, mas que subjuga a intensidade da poética que pretende mostrar ao observador. ‘Grandes são os desertos e tudo é deserto’ Álvaro de Campos
Mercedes Cerón
vista da exposição | Galeria de Arte Moderna, Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboavista da exposição | Galeria de Arte Moderna, Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboavista da exposição | Galeria de Arte Moderna, Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa